A venda de energia solar no Brasil para o governo ocorre exclusivamente por meio de leilões de energia elétrica. Organizados pela Aneel e CCEE, esses eventos buscam suprir a demanda no Ambiente de Contratação Regulada (ACR). O foco é em usinas de geração centralizada.
Enquanto as grandes usinas têm essa possibilidade, os sistemas fotovoltaicos distribuídos ficam limitados à geração de créditos na rede elétrica. Esses créditos, por sua vez, servem somente para abatimento na conta de luz, sem permissão de venda direta ao governo.
Participação em leilões: como se preparar?
Para vender energia solar via leilões, é essencial atender aos requisitos do edital. Informações sobre tipos de projetos, capacidades permitidas e prazos são fundamentais. A documentação deve corroborar a capacidade técnica e financeira e incluir projetos e licenças ambientais.
Após a contratação, se o projeto for escolhido, são exigidos requisitos adicionais. Investimentos, obtenção de licenças e cumprimento de prazos são parte do processo para garantir a operação do projeto. Sem isso, participar dos leilões torna-se inviável.
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Perspectivas e alternativas no mercado
Embora a venda para o governo por meio de leilões tenha perdido força, ainda é uma estratégia válida. Desde 2021, muitos projetos fotovoltaicos se voltaram ao mercado livre de energia, tornando-o uma opção de crescimento para os empreendedores.
No Ambiente de Contratação Livre, os consumidores escolhem seus fornecedores, negociando preços e condições. Para atuar nesse mercado, é necessário se associar à CCEE. Apenas grandes consumidores podem migrar, mas ele oferece diversas oportunidades.
- Consumidores livres: mínimo de 1000 kW;
- Consumidores especiais: mínimo de 500 kW.
Tipos de energia no mercado livre
No mercado livre, energia convencional e incentivada são opções. A convencional vem de grandes usinas do setor elétrico, enquanto a incentivada utiliza fontes alternativas como solar fotovoltaica e eólica. Ambas oferecem potenciais interessantes para investimento.
Concluir que o mercado de energia solar no Brasil está em transformação é inevitável. Os leilões abriram portas, mas o mercado livre se destaca como uma alternativa crescente. A escolha entre as opções depende de estratégias e objetivos dos investidores.