Uma lista recente divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária posiciona o Centro-Oeste do Brasil como líder em produção agrícola.
O estudo, realizado por meio da Secretaria de Política Agrícola (SPA), revelou os 100 municípios mais ricos do país no agronegócio em 2023. Sorriso, no Mato Grosso, lidera o ranking com impressionantes R$ 8,3 bilhões em produção.
A pesquisa foi baseada nos dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE e divulgada na quinta-feira, 17 de outubro.
Destacou-se a presença de municípios de 14 estados brasileiros, incluindo Bahia, Goiás, Paraná e Minas Gerais, além do Distrito Federal. A predominância do Centro-Oeste, especialmente de Mato Grosso, é notável.
Supremacia do Mato Grosso no agro
Algumas cidades ilustram bem a força do agro brasileiro – Imagem: reprodução
O estado do Mato Grosso abriga nada menos que 36 dos 100 municípios mais produtivos, consolidando seu papel no agronegócio brasileiro.
Sorriso, com sua produção de R$ 8,3 bilhões, é seguido por São Desidério, na Bahia, com R$ 7,8 bilhões. Essa região demonstrou seu potencial agrícola ao concentrar uma fatia significativa da produção nacional.
A lista abrange uma vasta área colhida de 33,1 milhões de hectares, representando 34,5% da área total de 95,8 milhões de hectares no Brasil.
Na produção agrícola, a soja permanece como a principal cultura com R$ 348,6 bilhões, enquanto milho e cana-de-açúcar também se destacam com R$ 101,8 bilhões e R$ 101,9 bilhões, respectivamente.
Outros produtos do agronegócio que se destacam são o algodão, o café e a laranja, os quais também geram cifras bilionárias anualmente.
Impacto regional na produção
A participação dos principais municípios produtores é significativa em várias culturas. Por exemplo, Sapezal (MT) e São Desidério (BA) são responsáveis por mais de 30% da produção nacional de algodão. No caso do arroz, Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, lidera com 5,6% da produção nacional.
Em 2023, o valor total da produção agrícola brasileira atingiu R$ 814,5 bilhões. Os 100 municípios mais ricos contribuíram com R$ 260 bilhões, equivalendo a 31,9% do total.
A lista não apenas destaca a força do agronegócio, mas também ilustra a diversidade e importância das diferentes regiões do Brasil no cenário agrícola global.