O podcast “De onde vem o que eu como” abordou recentemente um tema curioso sobre alguns alimentos muito apreciados. São eles: morango, caju e maçã.
Apesar de serem conhecidos por seu sabor e valor nutricional, esses alimentos não são frutas verdadeiras, mas sim pseudofrutos.
Para ser considerada uma fruta verdadeira, a estrutura deve originar-se do ovário da flor de uma planta. Contudo, no caso do caju, do morango e da maçã, a situação é diferente.
Cada uma dessas espécies tem características específicas que as classificam como pseudofrutos, e embora não faça muita diferença na hora do consumo, esta é uma curiosidade bem interessante.
O que são pseudofrutos?
De acordo com os pesquisadores Davi Junghans e Sandro Bonow, da Embrapa, a principal função dos frutos, sejam eles verdadeiros ou falsos, é atrair animais para disseminar as sementes. Essa atração se dá pela cor, sabor e nutrientes oferecidos.
Os pseudofrutos, ou falsos frutos, são estruturas que se desenvolvem a partir de outras partes da flor além do ovário.
No caju, por exemplo, o fruto verdadeiro é a castanha. Já no morango, os frutos são os pequenos aquênios, as “sementinhas” amarelas na superfície da polpa.
Na maçã, a verdadeira fruta é a parte central da polpa, onde ficam as sementes.
Caju: a castanha como fruto verdadeiro
Embora a polpa do caju seja muito popular, é a castanha que representa o fruto verdadeiro da planta. A polpa é um exemplo de pseudofruto, desenvolvendo-se a partir do pedúnculo floral.
Morango: aquênios em destaque
No caso do morango, as minúsculas “sementinhas” amarelas na superfície são os aquênios, que são considerados os frutos verdadeiros. A parte suculenta que consumimos é um receptáculo floral desenvolvido.
Maçã: núcleo frutífero
A maçã é um caso clássico de pseudofruto, no qual a parte comestível é um tecido que envolve o verdadeiro fruto, o qual se encontra na parte central, onde estão as sementes.
Entender a diferença entre frutos verdadeiros e pseudofrutos nos proporciona uma visão mais detalhada sobre a botânica e nos ajuda a valorizar ainda mais esses alimentos em nossas dietas diárias.
Conhecendo suas origens e funções, podemos apreciar a complexidade e a beleza do mundo natural.