O setor aquícola no Brasil está ganhando destaque internacional com a intensificação dos programas de vacinação de tilápias. Esse avanço é crucial para a saúde dos peixes e a sustentabilidade da produção, influenciando diretamente a segurança alimentar global.
A prevenção de doenças entre as tilápias reduz a queda na produtividade e, por extensão, atenua questões sociais relacionadas à fome. A integração de novas tecnologias tem sido essencial para o fortalecimento da tilapicultura no país.
História da tilapicultura brasileira está ligada ao desenvolvimento do setor agropecuário. Desde os primeiros cursos de Engenharia de Pesca na década de 70, a formação na área tem evoluído, culminando no primeiro curso de Aquacultura em Minas Gerais, em 2009.
Brasil se destaca com a vacinação de tilápias – Imagem: FOTOKITA/Shutterstock
Estrutura de apoio e inovação
O Brasil se destaca em outras cadeias produtivas, como avicultura e suinocultura, o que se reflete na tilapicultura. A vasta experiência e infraestrutura de apoio possibilitam a implementação de práticas inovadoras, como a vacinação em larga escala.
Hoje, há um número crescente de empreendimentos que adotam práticas de biosseguridade, essenciais para o sucesso das vacinas. Essas práticas incluem desde o controle de temperatura até a quarentena, garantindo a saúde do pescado.
Processo de vacinação
A vacina é administrada na cavidade celomática via intraperitoneal. Este método permite que o antígeno seja processado pelo macrófago. Em seguida, ocorre a proliferação celular, estimulando a produção de anticorpos contra o antígeno específico.
O sucesso dessa prática é suportado por uma rede de laboratórios que realizam análises microbiológicas e genéticas.
Universidades e centros de pesquisa desempenham papel fundamental nesse processo, garantindo que a tilapicultura brasileira siga padrões internacionais de qualidade.
Vantagens
As vantagens da vacinação são diversas, incluindo a redução do uso de antibióticos e a melhora da qualidade da carne. Além disso, há um equilíbrio no custo-benefício do controle de doenças, beneficiando tanto o produtor quanto o consumidor.
- Redução do uso de antibióticos;
- Melhoria do status sanitário;
- Custo-benefício no controle de doenças;
- Melhora da qualidade da carne;
- Segurança para investidores;
- Uniformidade no desempenho zootécnico.
Visão para o futuro
O futuro da tilapicultura no Brasil depende da adoção contínua de tecnologias e da criação de áreas biosseguras. Investimentos em pesquisa e análise de dados são essenciais para se obter uma visão estratégica ampla do setor.
Enquanto o Brasil se beneficia de uma estrutura desenvolvida e de profissionais capacitados, esforços contínuos são necessários para alcançar a liderança mundial na produção de tilápias. A trajetória é promissora, mas requer compromisso e inovação constantes.