A mensuração florestal envolve várias variáveis fundamentais, entre elas o Diâmetro à Altura do Peito, conhecido como DAP. Esse parâmetro é crucial no inventário florestal, pois ajuda a determinar o volume e o crescimento das árvores em uma floresta.
O inventário florestal é um procedimento vital para mensurar a quantidade e a qualidade das árvores em uma determinada área. Ele fornece dados precisos sobre o volume florestal, previsões de estoque e incrementos florestais futuros, essenciais para o manejo sustentável.
Neste contexto, o DAP emerge como uma medida padrão, ponto central na avaliação dendrométrica, que é a ciência de medição de árvores. Essa técnica deriva das palavras gregas “dendron” (árvore) e “metria” (mensuração), indicando sua aplicação na mensuração florestal.
Mensuração do DAP em diferentes países
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O DAP é calculado a partir de uma altura específica, variando conforme o país. No Brasil, por exemplo, essa medida é feita a 1,30 metros do solo. Nos Estados Unidos, essa altura é de 1,37 metros, enquanto no Japão, é de 1,25 metros.
- Brasil: 1,30 m;
- Estados Unidos: 1,37 m;
- Japão: 1,25 m.
A padronização do DAP facilita o trabalho de campo e minimiza erros ergonômicos. A escolha da altura de medição leva em conta a redução de deformações nos troncos, comuns mais próximas à base.
Cálculo do DAP e instrumentos de medida
Para determinar o DAP, é necessário medir a Circunferência à Altura do Peito (CAP) e dividi-la por π (Pi). Esse valor fornece uma estimativa confiável do diâmetro da árvore.
- Fita diamétrica: corrige variações e mede diâmetro e circunferência.
- Suta: régua com braços móveis para medir diâmetro diretamente.
- Fita métrica: barata e fácil de usar, mas suscetível a variações.
O DAP é essencial para cálculos de área seccional, volume das árvores e densidade do povoamento. Essas medições permitem um planejamento mais eficaz da floresta, auxiliando na identificação de necessidades de manutenção ou alterações no manejo.
Portanto, o DAP não apenas simplifica a mensuração florestal, mas também possibilita um gerenciamento mais preciso e sustentável das florestas. Sua aplicação correta é imprescindível para um inventário eficiente e benéfico.