O governo dos Estados Unidos introduziu uma importante simplificação nos procedimentos de importação de pescados brasileiros. A partir de agora, não será mais necessário apresentar a Certificação Sanitária Internacional (CSI), um avanço significativo para os exportadores do Brasil.
Essa mudança promete acelerar e descomplicar o envio dos produtos pesqueiros aos EUA, consolidando ainda mais esse destino, que já absorve quase 90% do total exportado pelo Brasil.
A decisão do governo norte-americano é vista como um passo estratégico para aumentar a competitividade dos produtos brasileiros.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destacou que, embora a certificação tenha sido dispensada, os controles de qualidade e segurança alimentar continuarão rigorosos, seguindo as diretrizes impostas pela Administração Federal de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos.
O eco gerado no setor pesqueiro brasileiro
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Com a flexibilização do processo, o secretário-adjunto de Defesa Agropecuária, Allan Alvarenga, ressaltou a redução na carga burocrática para as indústrias brasileiras.
Antes, algumas empresas necessitavam emitir até oito certificados diários, número que poderia dobrar em casos de múltiplas indústrias.
Essa simplificação surge como um alívio para os produtores, que agora poderão focar mais na qualidade e na expansão de suas operações no mercado internacional.
Números do comércio de pescados
No segundo trimestre de 2023, o Brasil exportou US$ 15 milhões em produtos da piscicultura, dos quais 87% tiveram como destino os Estados Unidos. A tilápia destacou-se como o principal item exportado, representando noventa por cento do peso total das vendas.
Os estados do Paraná e de São Paulo lideraram a produção nacional, sendo responsáveis por quase setenta por cento dos filés frescos enviados para o exterior. Essa predominância reafirma a força do Brasil no mercado global de pescados.
A eliminação da CSI não apenas simplifica o processo de exportação, mas também potencializa as vendas brasileiras no mercado americano.
Espera-se que essa medida contribua para um crescimento expressivo no volume de negócios, beneficiando produtores e a economia brasileira como um todo.