Pesquisadores da renomada Universidade Yale, nos Estados Unidos, revelaram em um estudo inovador por que algumas pessoas atraem mais mosquitos do que outras.
A pesquisa, publicada na revista científica Nature, oferece novas perspectivas sobre como combater esses insetos. Utilizando um enfoque experimental, os cientistas analisaram as respostas dos mosquitos a diferentes sabores, resultando em descobertas surpreendentes.
O estudo destacou que os compostos presentes no suor humano desempenham um papel crucial na atração dos mosquitos. Algumas combinações químicas são irresistíveis para esses insetos, enquanto outras os repelem.
Essa revelação pode abrir caminho para novos métodos de proteção contra as picadas. Com o avanço das mudanças climáticas, entender a dinâmica desses fatores se torna ainda mais relevante.
Qual a relação entre as pessoas e os mosquitos e por que algumas atraem mais insetos que outras – Imagem: Sokun Say/Shutterstock
Experimentos e descobertas
Para aprofundar o conhecimento sobre o comportamento dos mosquitos, os cientistas de Yale submeteram-nos a um teste de degustação com 46 sabores distintos.
O resultado revelou que sabores doces ativam os neurônios gustativos dos mosquitos, enquanto sabores amargos têm um efeito calmante. Isso demonstra a capacidade dos mosquitos de diferenciar uma gama variada de sabores.
Preferências por suor humano
Os pesquisadores observaram que, quando expostos a amostras de suor humano, os mosquitos mostraram uma clara preferência por algumas amostras específicas.
A presença simultânea de sal e aminoácidos na pele humana pode ser um fator determinante para essa escolha seletiva, conforme explicou Lisa Baik, autora principal do estudo.
Influência dos sabores nas atividades dos mosquitos
Os cientistas identificaram que cada sabor influencia de maneira distinta as ações dos mosquitos, como picar ou botar ovos. Embora sabores amargos reduzam o apetite desses insetos, por outro lado, a combinação de sal e certos compostos no suor humano aumenta a tendência de picada.
A perspectiva de um futuro sem tantas picadas de mosquito parece mais próxima graças a essas descobertas. A identificação de compostos amargos que suprimem a resposta ao açúcar pode levar à criação de repelentes mais eficazes.
Além disso, compreender esses mecanismos é vital, especialmente diante das mudanças climáticas que ampliam o habitat dos mosquitos.