A prática da adubação com esterco bovino tem ganhado destaque mundial, apresentando-se como uma alternativa sustentável e economicamente viável para a agropecuária. Além de reduzir o impacto ambiental, a técnica oferece uma solução eficiente para o escoamento de resíduos gerados em confinamentos.
Assim, os pecuaristas encontraram uma forma inteligente de lidar com os dejetos produzidos diariamente em larga escala em confinamentos ao redor do mundo, o que exige um manejo adequado por questões sanitárias.
Com a necessidade de retirada dos resíduos, o desafio é encontrar uma maneira responsável para o descarte. Nesse contexto, a utilização do esterco bovino em produções agrícolas surge como uma alternativa eficaz.
Composição e benefícios
A composição do esterco bovino é complexa, formada por uma mistura de fezes, urina e restos de alimentos não digeridos.
Esse adubo natural oferece uma série de nutrientes importantes para o solo, o que o faz uma ferramenta valiosa na melhoria da produtividade agrícola e pecuária.
Componentes do esterco bovino
O material tem elementos que variam conforme a dieta do gado e as condições de confinamento. Seus principais componentes incluem:
- Fezes: ricas em fibras e celulose, contêm resíduos de alimentos parcialmente digeridos.
- Urina: contribui com nitrogênio significativo.
- Material de cama: pode incluir palha ou feno, usados para absorção de umidade.
- Microrganismos: bactérias e fungos essenciais para a decomposição.
Vantagens para o solo e produção
A adoção do esterco bovino traz inúmeros benefícios, como aumento do teor de matéria orgânica no solo e estímulo à atividade microbiana. Assim, promove-se uma ciclagem eficiente de nutrientes, favorecendo o crescimento saudável das plantas.
Além disso, a prática reduz custos com fertilizantes químicos, que podem representar um custo significativo para o produtor.
Procedimentos de armazenamento e uso
Para garantir a eficácia do adubo, o armazenamento do esterco deve ser realizado em local afastado da criação de animais e de cursos de água. Também é recomendável usar barreiras para prevenir a lixiviação de nutrientes, cuidados que evitam a contaminação ambiental.
O esterco fresco possui altos níveis de nitrogênio que podem ser prejudiciais às plantas; portanto, o processo de curtimento é essencial antes do uso.
A umidificação diária e a cobertura com serragem ajudam a proteger e uniformizar o material, sendo necessário revirá-lo duas vezes por semana. Após cerca de 30 dias, o adubo deve estar pronto, apresentando-se acinzentado e sem cheiro.
A prática de adubação com esterco bovino não só oferece uma solução ambientalmente correta para resíduos de confinamento, mas também potencializa a rentabilidade na produção agropecuária.
Para maximizar esses benefícios, é aconselhável buscar orientação técnica especializada.