O setor agrícola desempenha um papel significativo na economia brasileira, representando cerca de 23,5% do PIB em 2017. Tal importância, contudo, vem acompanhada de desafios, principalmente no que tange ao uso excessivo de agrotóxicos.
Esses produtos químicos, projetados para proteger as plantações contra pragas, podem ter efeitos nocivos à saúde humana e são cada vez mais contestados por autoridades em saúde mundo afora.
Nesse sentido, é crucial que a indústria adote medidas mais sustentáveis para proteger a saúde pública. No entanto, ainda observamos práticas que não priorizam o bem-estar humano.
Os efeitos adversos causados por agrotóxicos abrangem uma vasta gama de doenças. Entre as mais preocupantes estão aquelas que afetam o sistema neurológico e órgãos vitais, como o fígado e os rins.
A seguir, listamos alguns problemas de saúde diretamente ou indiretamente relacionados aos defensivos agrícolas. Compreender esses riscos é essencial para a busca de alternativas mais seguras.
Imagem: reprodução
Doenças hepáticas e alergias
- Danos ao fígado: a exposição constante a agrotóxicos compromete as funções celulares hepáticas, desencadeando doenças silenciosas.
- Alergias: reações alérgicas podem surgir devido à ingestão de alimentos contaminados, dificultando a identificação da causa.
Comprometimento da fertilidade e autismo
- Infertilidade: elementos químicos presentes nos agrotóxicos afetam a taxa de fertilidade e a qualidade dos espermatozoides.
- Autismo: embora não seja uma doença, mas um espectro, estudos sugerem que o glifosato, um agrotóxico, pode influenciar no desenvolvimento desse transtorno.
Problemas renais e tireoideanos
- Doença crônica nos rins: o glifosato contribui para a destruição renal, potencializando o surgimento de doenças crônicas.
- Problemas na tireoide: agrotóxicos podem desregular a produção hormonal da tireoide, levando ao hipotireoidismo.
Doenças neurodegenerativas e digestivas
- Doença de Parkinson: herbicidas danificam células cerebrais, acelerando o processo de neurodegeneração.
- Colite: a toxicidade dos agrotóxicos favorece o crescimento de bactérias nocivas, como a clostridia.
Riscos cardíacos e câncer de mama
- Doenças Cardíacas: glifosato causa disfunções que podem culminar na falência cardíaca.
- Câncer de mama: a exposição a agrotóxicos pode estimular o crescimento de células cancerígenas através de receptores hormonais.
A compreensão dos riscos associados ao uso de agrotóxicos é essencial, bem como a adoção de medidas mais seguras e sustentáveis, que devem ser postas em prática para proteger a saúde pública.
O avanço dessa agenda não só beneficiará a economia, mas também garantirá o bem-estar das gerações futuras.