Um avanço tecnológico significativo chega aos campos agrícolas do Brasil com a introdução de um robô autônomo movido a energia solar. Este equipamento, que custa cerca de R$ 380 mil, está sendo testado por produtores como Felipe Ribeiro, em Cesário Lange (SP), como ferramenta para aprimorar práticas agrícolas. Contudo, seu uso ainda não é amplamente difundido em todo o território nacional.
O robô, desenvolvido por uma equipe de cientistas cubanos radicados em São Paulo, é capaz de coletar dados e analisar milhares de plantas rapidamente, além de aplicar herbicidas de maneira autônoma.
Bruno Pavão, chefe de operações robóticas da empresa responsável, destaca a capacidade da máquina em monitorar o desenvolvimento das lavouras e detectar pragas, contribuindo para a eficiência do processo agrícola.
Com um sistema composto por quatro computadores, o robô representa uma solução avançada para a agricultura de precisão.
Embora ainda seja um desafio transportá-lo pelas plantações, ele já demonstra benefícios significativos para os agricultores, como economia no uso de herbicidas e aumento no rendimento das colheitas.
Imagem do super robô agrícola em atividade (Foto: Divulgação)
Origem e desenvolvimento
O robô agrícola foi idealizado por uma equipe de cientistas cubanos que se estabeleceu em São Paulo em 2007. O engenheiro Britaldo Hernandez, um dos principais desenvolvedores, trouxe sua experiência em tecnologias para lavouras de cana-de-açúcar de Cuba, após visitar o Brasil nos anos 90. Ele encontrou no país um ambiente propício para inovar e implementar suas ideias.
A adoção do robô agrícola no Brasil ainda está em fase de testes. Felipe Ribeiro, que utiliza a máquina em parte de sua plantação de soja, ressalta sua eficácia em aplicações pontuais, complementando o uso de pulverizadores tradicionais. No entanto, a mobilidade do equipamento ainda é um ponto a ser aprimorado.
Apesar das dificuldades iniciais, o robô agrícola promete transformar a maneira como as plantações são geridas, oferecendo monitoramento preciso e economia de recursos.
À medida que a tecnologia se torna mais acessível e adaptável, espera-se que mais agricultores adotem essa inovação, impulsionando a produtividade e a sustentabilidade no campo brasileiro.