No Brasil, a agricultura desempenha um papel vital na economia, abastecendo tanto o mercado interno quanto o externo.
A diversidade do setor é impulsionada por diferentes tipos de agricultura, cada um com suas especificidades. Essa variedade é influenciada por fatores como o tamanho das propriedades, os mercados atendidos e a tecnologia empregada.
Dentre os modelos de agricultura no país, destacam-se a moderna e a tradicional, além de outras abordagens relevantes. Cada uma busca atender às necessidades de produção de alimentos e matérias-primas para consumidores e indústrias.
A incorporação de inovações tecnológicas é essencial para melhorar o desempenho das lavouras.
Diferentes estilos de agricultura existentes no Brasil – Imagem: ORION PRODUCTION/Shutterstock
Tipos de agricultura praticados no Brasil
A agricultura moderna representa a vanguarda tecnológica do setor agrícola. Caracterizada pela constante integração de inovações como a agricultura de precisão e a agricultura digital, essa abordagem tem ganhado cada vez mais espaço no campo brasileiro desde o início dos anos 2010.
A agricultura moderna busca aumentar a eficiência produtiva, reduzir os impactos ambientais e garantir a qualidade dos produtos.
A agricultura familiar, presente em 77% das propriedades rurais brasileiras, desempenha um papel fundamental no abastecimento do mercado interno.
Com foco na produção de alimentos para o consumo local e regional, esse modelo agrícola, embora tradicional em muitos aspectos, tem se beneficiado de políticas públicas de apoio e financiamento, o que tem contribuído para seu fortalecimento e modernização.
Em contrapartida, a agricultura patronal assume um caráter mais empresarial, com foco na produção em larga escala para atender tanto ao mercado interno quanto ao mercado externo.
Essa abordagem, comum em propriedades de médio e grande porte, investe em tecnologias avançadas e em gestão otimizada para maximizar a produtividade e a rentabilidade.
A agricultura intensiva, por sua vez, busca maximizar a produção por área cultivada por meio do uso intensivo de insumos agrícolas e tecnologias mecanizadas. Embora essa abordagem tenha contribuído para o aumento da produção de alimentos, o uso inadequado de insumos pode levar à degradação do solo e à contaminação dos recursos hídricos.
Já a agricultura extensiva, ou tradicional, caracteriza-se pelo uso de técnicas mais rudimentares e pela baixa mecanização. Predominante entre pequenos agricultores, esse modelo agrícola, embora menos produtivo, desempenha um papel importante na preservação da biodiversidade e na manutenção das culturas locais.
Por fim, a agricultura orgânica representa uma alternativa mais sustentável aos sistemas agrícolas convencionais.
Baseada no uso de insumos naturais e na busca pela harmonia com o meio ambiente, essa prática agrícola tem se consolidado como um nicho de mercado, atraindo consumidores cada vez mais conscientes da importância da alimentação saudável e da preservação do planeta.
A diversidade da agricultura brasileira é um reflexo da complexidade do país e da adaptação dos sistemas produtivos às condições locais e às demandas do mercado.
A incorporação de novas tecnologias e a adoção de práticas mais sustentáveis são cruciais para garantir o crescimento do setor e a segurança alimentar da população, sem comprometer os recursos naturais para as futuras gerações.