O fenômeno climático La Niña, conhecido por seu impacto global, está a caminho do Brasil, com previsão de chegada no mês de outubro. Esta é a nova atualização do Centro de Previsão Climática dos Estados Unidos (CPC/NCEP), que antecipa suas consequências em terras internacionais e nacionais.
Inicialmente estimado para agosto ou setembro, o La Niña agora deve iniciar durante a primavera e com intensidade considerada fraca.
A temperatura do Oceano Pacífico, no setor tropical, está se resfriando, o que dá início a uma série de alterações climáticas. Nações asiáticas devem enfrentar chuvas intensas, enquanto partes da América do Sul podem vivenciar um tempo mais seco.
No Brasil, a expectativa é de que o fenômeno tenha implicações significativas, principalmente para o setor agrícola.
Influência do fenômeno deve ser sentido no setor agrícola em 2025. – Imagem: Freepik/Reprodução
Impacto previsto no Brasil
No contexto brasileiro, o La Niña pode influenciar diretamente importantes culturas agrícolas como soja, café e açúcar. As previsões indicam que, no verão de 2025, o fenômeno esteja presente, mas com tendência de enfraquecimento já a partir de fevereiro.
Para o período entre fevereiro e abril de 2025, há uma expectativa de transição para condições climáticas neutras.
O foco está no Centro-Oeste e Sul, responsáveis por uma grande parte da produção de soja do país. Estados como Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul são as áreas de maior preocupação, devido à previsão de clima mais seco.
Esta condição pode ser prejudicial para as lavouras, especialmente durante a fase mais crítica do desenvolvimento da safra.
Por exemplo, em partes dos estados do Paraná e Mato Grosso, houve atraso no plantio da soja por causa da seca predominante.
Na temporada 2023/24, a expectativa inicial de uma safra recorde de 150 milhões de toneladas foi revisada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para 147,38 milhões de toneladas, devido aos desafios climáticos enfrentados.
Possíveis benefícios e riscos
- Regiões Norte e Nordeste: mais chuvas do que o habitual podem favorecer a agricultura local.
- Região Sul: redução significativa nas chuvas, com riscos de geadas tardias e estiagens durante o verão.
Sendo assim, o La Niña apresenta um panorama misto para o Brasil. Enquanto algumas áreas podem se beneficiar de condições climáticas mais favoráveis, outras enfrentam desafios que exigem preparação e adaptação.
O monitoramento contínuo será crucial para mitigar os impactos negativos e maximizar os potenciais benefícios.