O mercado de cavalos é conhecido por ser extremamente lucrativo, com preços que variam consideravelmente ao redor do mundo, mas estão sempre em uma média elevada. Os equinos são admirados por sua beleza, acuidade visual e velocidade, e por isso são muito valiosos.
O cavalo mais caro do mundo é o Fusaichi Pegasus, da raça puro-sangue inglês, que foi vendido por um valor milionário há mais de duas décadas. Passados 24 anos desde a negociação do animal, nenhum outro da espécie superou essa cifra.
A seguir, conheça mais sobre ele e outros equinos que fazem parte desse mercado milionário.
Os cavalos mais caros da história
The Green Monkey
The Green Monkey, também da raça puro-sangue inglês, foi comprado por US$ 16 milhões em 2006. Apesar do valor, não obteve sucesso nas corridas, participando de apenas três competições e atingindo o terceiro lugar como melhor resultado.
Annihilator: um dos cavalos mais caros de
Annihilator, filho de Niatross, campeão de três competições de destaque na década de 80, foi vendido por US$ 19 milhões, equivalentes a R$ 102 milhões. Seus prêmios valorizaram ainda mais seu preço.
Shareef Dancer
O puro-sangue inglês americano Shareef Dancer viveu entre 1980 e 1999 e foi vendido por US$ 40 milhões, cerca de R$ 214 milhões. Criado no Reino Unido, venceu corridas importantes, como a Irish Derby e a King Edward VII Stakes.
Fusaichi Pegasus: o recordista
Fusaichi Pegasus foi adquirido pela Coolmore Stud, uma destacada empresa irlandesa de criação de cavalos de corrida. O preço pago foi de US$ 70 milhões, que alcançaria cerca de US$ 126 milhões (mais de R$ 600 milhões) nos dias atuais.
O cavalo conquistou o Kentucky Derby nos Estados Unidos, aumentando ainda mais seu valor no mercado. Ele faleceu em maio de 2023, aos 26 anos.
O que explica essas cifras?
A valorização dos cavalos, tanto no Brasil quanto no exterior, está ligada a diversos fatores, principalmente à genética. Dra. Laura Patterson, veterinária e professora na Long Island University, explica que a genética determina as características transmitidas aos descendentes dos cavalos.
Segundo ela, a genética influencia o potencial do cavalo, mas deve ser acompanhada por um ambiente adequado. “Indivíduos fenotipicamente ruins podem gerar filhos excepcionais e vice-versa”, observa. A seleção genética é essencial para competições de alto nível.
No Brasil, Emílio Borba, veterinário e administrador do Haras Old Friends em Bagé (RS), afirma que a paixão pelo puro-sangue inglês e o objetivo de lucro são determinantes.
“A paixão sustentável é mais bonita e necessita de investimento em genética”, afirma.
No Haras Old Friends, 70% dos cavalos correm no Brasil e 30% são exportados. O haras investe em genética japonesa, importando cavalos devido à proibição de biotécnicas de reprodução nessa raça.
Assim, a combinação de paixão, investimento em genética e premiações em dinheiro torna o mercado de cavalos excepcionalmente lucrativo, justificando os altos valores envolvidos.